Então resolvi reproduzir aqui, no meu canto, essa entrevista. Assim fica pra posteridade e quem passar por aqui vai poder conhecer um pouco mais da Beta Bernardo.
Mas antes da leitura eu digo: Tô a mil. Várias coisas pra mostrar e pra fazer... vai pintando tudo por aqui aos pouquinhos. Paciência! srsrs. Bom receber a visita de todos vocês!! Aguardem as novidades!
Bjks!
Muito prazer, eu sou assim!
Diz a Astrologia que os que nascem sob o signo de Escorpião com ascendente em Capricórnio carregam em si um lado ambicioso e materialista, mas também o poder de mergulhar nas profundezas dos sentimentos coletivos. São reconhecidos pela prudência e pela vontade férrea de realizar seus sonhos. Possuem um acentuado senso de dever e o caminho natural para a disciplina, a ética e a ordem. Sempre acreditam num passado e têm a certeza de que as regras que herdaram são as corretas. Respeitam ao próximo, a lei e sempre fazem questão que tudo à sua volta se encaixe em seu jeito de ser e estilo. E sim...não têm meio termo. Porisso devem ser compreendidos para serem aceitos em sua totalidade. Afinal, sabem amar como ninguém e não gostar também. Talvez tropecem, e errem e até machuquem. Mas dificilmente encontraremos quem saiba dar a mão como eles. Como ela.
Enfim, são fascinantes e nada monótonos. Assim é...pelo menos ao meu olhar, a entrevistada criativa de hoje. Acionem os sentidos, aguçem a alma, permitam a interpretação e venham conhecer....Roberta Bernardo.
Carioca, filha mais velha de uma família com pai, mãe e dois irmãos, formou-se em Farmácia e descobriu, bem lá para trás no relógio do tempo, que a relação visceral com as mãos seria mais do que ofício ou vocação. Era uma escolha de vida, uma profissão de fé, um caminho de prazer e realização. Com elas, e os medicamentos que manipula, curou e cura as dores humanas. Com elas, e mesmo enfrentando a hiperidrose palmar - um distúrbio que aumenta a produção de suor - fez e faz suas caixinhas e criações. Com elas, brincou de tirar retrato e fez da abóbora, a carruagem: virou a fotógrafa de dedos ágeis, a artista do toque suave, a esteta de um novo olhar.
"A hiperidrose sempre me incomodou e me limitou em vários afazeres manuais. Embora não tivesse acontecido comigo, é um distúrbio que atrapalha até a vida social dos que sofrem disso. Na terapia, percebi que talvez isso fosse um sinal. E trabalhamos a ideia de que eu tinha algo muito bacana com as mãos, que esse excesso de suor poderia ser uma energia aumentada e não utilizada. Coincidência ou não, quando hoje faço minhas caixinhas e coisinhas afins, que nunca me atrevi a fazer antes por isso mesmo, minha mão não sua nada. Tem ou não tem algo além do material?" - conta.
Sim, sem dúvida! Filha de uma família construída na doutrina espírita, Roberta professa uma fé onde o acaso não existe, mas onde o livre arbítrio e as escolhas também desenham e constroem o caminho de nossas experiências e aprendizado. Assim foi quando depois de vários cursos na área de farmácia e sempre com os mesmos colegas e professores, ela resolveu fazer um MBA em Gestão Ambiental. Queria estudar, conhecer algo diferente e vivê-lo por puro prazer. Ao final do curso, soube através de sua irmã, Flávia, que havia uma vaga para a área de gestão ambiental em uma empresa terceirizada da Petrobras. Encarou, fez as entrevistas e foi chamada.
"Dilema!!!Eu estava satisfeita na empresa onde trabalhava, ia casar em outubro, estávamos em março e nem pensava em mudar de emprego. Mas era uma oportunidade que poderia não acontecer de novo. Olhei com a racionalidade emocional que me caracteriza e fui.Meti as caras e cheguei numa mega empresa, com crachá de consultora e cara de conteúdo.Os olhos deviam estar arregalados de susto,mas não me deixei intimidar. Fui observando, sugando tudo o que pude e logo depois já dominava vários processos da minha gerência" - explica.
Dedicação e coragem. Se existem características que se somadas ao talento são os alicerces de uma história pessoal e profissional íntegra e linear, difícil não reconhecê-las na Roberta. Porque é preciso coragem para ser alguém a quem o ônus de não se ter meio termo, meia vontade ou meia escolha se transforme no bônus daquela que não carrega em sua trajetória, uma história pela metade. Roberta é assim. Passional, inflamada, 8 ou 80. Toma as dores dos amigos, é vulcão em erupção e pira olímpica. Quase inapagável.Mas nos minutos seguintes, a lava quente vira o carvão morno e o equilíbrio traz de volta a racionalidade.
"Sou muito crítica. Comigo e com os outros também. Sei que estou melhorando, me esforço, às vezes mais e outras menos. Mas quando olho para dentro vejo em mim alguém do bem, que gosta de fazer o bem, que não gosta de reclamar da vida, que agradece as coisas boas. Que tem o dom humano de ter medo do novo, mas que não deixa de encarar o desafio e nem se aprisiona ao medo. Que é teimosa, mas sabe a hora de baixar a guarda e pedir desculpas. Que adora estar rodeada de amigos, de ouvir música, de tirar foto. Que toma implicância com as pessoas, às vezes, num primeiro contato, mas passa o tempo e aquela vira a sua melhor amiga e sem a menor mágoa" - revela
Mas nem seria preciso o auto-testemunho para reafirmar e revelar detalhes sutis de uma personalidade que diz a que veio em pouco tempo. Roberta Bernardo não se cobre em véus e quem a conhece e se permite descobri-la verá alguém absolutamente otimista, embora repleta de todos os defeitos humanos comuns, como a desconfiança e até a sinceridade em excesso. Essa, então, fogueira poderosa, mas que a maturidade vai nos ensinando a controlar e usar nas doses, senão homeopáticas, terapêutica e emocionalmente precisas. Até para assumir, como ela mesmo conta, que quando gosta, ama; mas quando não gosta, despreza mesmo. Cruel? Pessoalmente nem posso afirmar que sim, já que me reconheço no tropeço. Mas foi a apaixonada convicta, a adolescente que nem namorou muito, que demorou a se envolver mas que todas as vezes que se entregou, o fez de forma intensa e inteira, que um dia conheceu o mau. Melhor dizendo, o Mau.
"Eu e Maurício nos conhecemos pela internet. Um amigo com quem conversava muito pelo MSN deu a dica e, um dia, um tal de Mauricio me chama para adicionar. Não reconheci, até porque a foto era de uma cabeça com capacete. Aceitei só para perguntar quem era. E era ele, o meu Maurício. Foram uns dois meses só de papo virtual. Um dia marcamos de nos encontrar, passaram-se duas semanas de encontros como "amigos" e finalmente rolou um beijo e o namoro começou. Um ano e onze meses depois estávamos casados".
De lá para cá, os dois formam mais que um casamento. São o resultado de uma relação de amor, parceria e cumplicidade. Tanto e com tal importância que é impossível não somar à nova faceta profissional da Roberta - a fotografia - , a mão emblemática de Maurício. Foi ele quem deu a ela de presente de aniversário a primeira máquina semi-profissional. A famosa "híbrida", que fez crescer a alquímica e incontrolável vontade de fazer do olhar, uma imagem; do acontecimento, um registro; da emoção, um toque absolutamente pessoal.
"Eu sempre amei a fotografia. Crescemos em casa com o meu pai tirando fotos e registrando nossos momentos. Quando comecei a ganhar dinheiro foi inevitável pensar em ter a minha própria câmera. Começei com as digitais, mas a vontade de ter uma câmera "profissa" persistia. E aí Maurício me presenteou com a híbrida e comecei a chegar perto do sonho. Encarei o curso que sempre sonhei fazer e passei a tirar muitas fotos. Expus no blog e os comentários foram crescendo. Recebia os elogios, punha todos na minha balança pessoal da desconfiança, mas no final das contas sabia que havia algo de verdade, até porque meu senso crítico não me permitiria o delírio. Vejo a fotografia como uma paixão que tomou forma exatamente pelo prazer que eu dedico a ela. Começou como hobby, mas a repercussão tem sido ótima, tanto na opinião dos outros, na solicitação de orçamentos, na viabilidade profissional de tudo isso, mas principalmente no meu próprio olhar sobre o resultado final. Porque sou perfeccionista e a maior crítica de mim mesmo. Tenho extremo respeito às imagens que faço e jamais as utilizo levianamente" - explica
Mas nem precisaria explicar, não é, Roberta? Em pouco tempo, seja no convívio pessoal ou mesmo no virtual, o estilo franco, aberto, sincero revela mais do que esconde. Dentre as muitas pessoas que a seguem em seus dois blogs, o Beta Bernardo e o Criative-se, não é difícil traçar o olhar que elas têm da Roberta e a similaridade importante entre esse olhar e o que ela é. Alguém que adora trabalhar em equipe e que se ressente disso até mesmo no Criative-se.
"Gosto de trocar ideias, de trabalhar junto. Sinto falta de estarmos mais perto umas das outras no Criative-se. Os trabalhos e ideias são mais individuais, embora tantas vezes representem um gosto criativo comum. Faço questão de dizer que sou feliz e lisonjeada de fazer parte do grupo e poder aprender cada dia mais com todas elas".
Como escriba desta história, revelada também através da licença poética de um olhar muito particular, posso afirmar: gosto de gente assim, de gente de verdade, onde falhas e tropeços fazem parte do jogo, onde o reconhecimento do caminho errático é a convicção da tentativa de fazer o bem. Que nem sempre é o certo, mas é o bem. Que venham muitos erros e acertos; muitos tropeços e sucessos. Vida, enfim. Ah...sim! Ainda falta o grande presente para o ano de 2010. Conta aí, Roberta!
"O meu sonho e meta para o comecinho de 2010 é ser mãe. Foi um projeto que queria desde o fim do ano passado, mas não rolou. Agora vai rolar. E depois quero viajar por muitos lugares do mundo, ter uma casa de campo e viver lá quando não precisar mais correr atrás da grana da cidade grande. Se der, trabalhar exclusivamente com a fotografia. Algo por aí, algo que signifique reconhecer os caminhos que eu escolho e para onde a vida me leva"
Que bom que seja assim! Amém por isso também!! Beijo Grande. Até sexta!
Verônica Cobas
7 comentários:
Oi Beta, comentei no dia no post da Vê, mas reproduzo parte aqui:
Lendo, consegui entender mais porque mesmo estando longe, sinto você como uma velha amiga, descobri mais afinidades e uma mulher muito merecedora do sucesso e dos frutos que ainda vai colher!
Beijos
Oi Roberta.
Amei a entrevista acho que nem é novidade, lindas palavras, belissíma introdução, traduzida em poucas linhas a iluminada alma "Roberta". Fiquei emocionada ao ler. Que seja abençoado os seus projetos, sua maternidade, suas expectativas, etc.
Um enorme beijo, eu fico por aqui, aprendendo, me tornando cada dia mais requintada ao receber, ao ler, aos pequenos afezeres do dia a dia que me dão enorme prazer.
Crédito exclusivo: Criative-se.
Querida
Vc fez muito bem em reproduzir a entrevista no seu blog, ela merece muito destaque.
Não vou repetir as palavras que deixei no Criative-se, mas você sabe o quanto a admiro.
A propósito: não desisti de entrevistá-la, estou esperando com paciência, prometo. Sei da sua nova rotina. Aliás vc ficou de nos contar como está de emprego novo. Está em dívida, mocinha, rsssssssssss.
Bjs
Prima... q maravilhoso... estou aqui do hospital do navio lendo essa entrevista... fico emocionada... parabéns... vc merece mais e mais... está só começando a colher as lindas sementes q plantou... bj e saudades... hj meu barquinho tá no Marrocos!
Tô na corrida pra variar... nem li o post, sorry!!! Mas passei pra dar um oi :D
Qdo eu estiver mais light passo aqui de novo e prometo ler tudinho tá?
Bjks!!!
Beta,
Sem comentários!!! Vc tá profissa!!! As fotos estão show, LINDAS!!! Parabéns!!!
bjksss,
Giully
O primeiro casamento é inesquecível. Boa sorte em sua carreira.
Vinícius Matos
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